segunda-feira, 2 de maio de 2011

De novo à carga

Caros amigos

Depois de um interregno algo longo, eis que resolvi voltar à "vaca fria" do sistema de pontuação da Liga.

Classificação por golos, em vez de 3 pontos por vitória, 1 por empate e 0 por derrota, no fim da última jornada, a 1 de Maio de 2011:

Os 4 primeiros lugares ficavam tal como estão.
A partir do 4º lugar, inclusive, já tínhamos a "burra nas couves".
Os últimos seriam, com 21 golos, Leiria e Olhanense.
Bem feito!!! Andaram a "encanar a perna à rã"!!!
O Nacional, com 26 golos, em vez de estar em 4º ia lá para o fundo da tabela.
Idem, idem, aspas, aspas.
E etc.
Que tal???? É giro, não é?
E qual teria sido o comportamento das equipas, nesta liga, com este sistema?
Atacavam mais? Ai não não atacavam...
Será que os jogadores se atiravam tantas vezes para o chão? Às vezes só com a sombra do adversário perto deles?
Ai não caíam não...
Haveria tantos tempos mortos?
A sério, a sério, acho que não.
Pensem nisso e dêem a vossa opinião.




quarta-feira, 23 de abril de 2008

Número de espectadores

Retirado do site da Liga: Espectadores por clube
1º Porto, 537.262/27 jornadas =19898 por jogo

10º Leixões, 68.615/27 jornadas=2541 por jogo
20º Beira-Mar, 22.785/27=843 por jogo

Se calhar bastam estas contas para a maioria dos adeptos começar a achar que tenho razão.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Exemplos de classificação com os golos a contar

Vejam estes 2 exemplos:

Liga 2007/2008, data de hoje. Até ao 8º lugar, com a única excepção do Porto, todos têm mais golos do que o Guimarães, que está em 2º. E que apenas tem 30 golos. Vêem o que quero dizer? O injusto da coisa? Acabemos com o sistema 3, 1 e 0. 1 pontinho por golo e fica tudo muito mais justo. Quem precisar de mais pontos que meta mais golos, mas que não se distraia a defender. Pode ser que lhe saia o tiro pela culatra. Porque a defender não se metem golos. Só se for na própria baliza, e esses contam a favor do adversário.

Liga 2006/2007

O ano passado, o Nacional marcou 41 golos. Ficou em 8º lugar. Se a classificação fosse por pontos, teria ficado em 4º lugar, logo a seguir ao Benfica. O Belenenses ficou em 15º, com com 40 golos, e o Braga ficou em 3º apenas com 38. Que tal?

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Um Golo Um Ponto

Ponto prévio: A confissão da minha paixão clubística, para que não haja dúvidas:
Porque nasci e fui criado na Arregaça, em Coimbra, o União de Coimbra é o meu clube do coração.
E só este.
Costumo dizer, por brincadeira, que no futebol tenho 2 clubes: O União de Coimbra e Todos os Que Jogam contra a Académica.
Apenas a 1ª parte é verdadeira.
Vejo com o mesmo (des)agrado todos os jogos.
Porto, Benfica, Sporting, e por aí fora.
E de Espanha.
E de Inglaterra.
E dos outros países todos.
Gosto francamente de futebol.
Mas o futebol português dá-me um tédio desgraçado.
Se a paciência e os apoios forem suficientes, pretendo contribuir, com a ajuda de todos os que comungarem da minha opinião, ou estiverem dispostos a discuti-la, para melhorar a qualidade do futebol que se pratica em Portugal.
Tenho seguido com enorme desilusão a fraca qualidade do futebol praticado em Portugal, a todos os níveis.
Naturalmente que essa fraca qualidade se nota muito mais ao nível da 1ª Liga, unicamente pela muito maior exposição mediática a que estão sujeitos.
Nos escalões inferiores, a situação é igual ou pior, só que menos visível.
Não sei de quem é a culpa.
Mas sempre tive uma postura de que, com excepção da justiça, é preferível encontrar soluções a encontrar culpados.
Veja-se então a minha leitura do futebol, para suportar a minha ideia de solução para a sua melhoria.
Os jogos arrastam-se penosamente, com TODOS os jogadores a lateralizar a bola, e a jogar o que eu costumo chamar "andebol do futebol".
Bola na linha, passe um pouco mais para dentro, outro passe um pouco mais para o lado, mais para o lado, abertura de jogo para o outro lado do campo, e retorno pelo mesmo caminho.
Passe para trás para ganhar espaço de remate, e de novo mais do mesmo.
O defesa que dá a bola ao médio, que recebe a bola de costas para o adversário e a devolve ao colega de onde veio.
Novamente da defesa para os laterais, que a devolvem ou entregam ao médio, que a tenta passar aos extremos, para que eles centrem, entrem ou lateralizem.
E tudo isto sem remates, sem ocasiões de golo, sem jogadas de perigo para a baliza adversária.
Tentativa de penetração sem sucesso, perda de bola, e a repetição do mesmo ciclo de passes e jogadas por parte da equipa adversária.
E voltamos seis parágrafos para cima.
Bola na linha, passe um pouco mais para dentro, outro passe um pouco mais para o lado, ainda mais para o lado, abertura de jogo para o outro lado do campo, e retorno pelo mesmo caminho.
E com isto se passam os 90 minutos da maior parte dos jogos.
1ª questão: Esta leitura está correcta?
Penso francamente que sim.
Tenho assistido com interesse redobrado, desde que me surgiu a ideia por trás deste blog, aos jogos de futebol transmitidos pelas televisões.
Têm sido, com toda a sinceridade, de uma qualidade francamente confrangedora.
Há excepções recentes.
O Sporting-Benfica, com o célebre 5-3, e este fim-de-semana o Sporting com o União de Leiria.
Tanto a nível nacional como nas competições europeias.
E sem excepções.
E isto tem-me sido confirmado, como opinião, pelas pessoas que conheço, e que como eu também gostam de bola.
Que cada vez mais estão desinteressadas do futebol, porque como espectáculo a grande maioria dos jogos é uma enorme decepção.
E se outros pontos de vista têm discussão, este francamente não tem
Basta ver o número médio de espectadores nos estádios.
Falo de estádios.
Onde o maior número de lugares são cadeiras vazias.
2ª questão: Nas estatísticas de fim de cada jogo, contam-se os cantos, o tempo de posse de bola, os kms percorridos por cada jogador, os remates à baliza, os cartões, e um sem-número de estatísticas de jogo.
No entanto, há uma estatística em que todos reparamos.
Os remates.
Quanto a mim, erradamente contados.
Contam todos.
Os que vão ao lado, os que vão por cima, e os que foram rechaçados pelas defesas e nem às balizas chegaram, sem os separar dos que, por irem direitos à baliza, independentemente da força ou da colocação do remate, dão "que fazer" aos guarda-redes.
Que não está lá própriamente para acompanhar o trajecto da bola em direcção às linhas de fundo ou às bancadas.
Não acho que devessem ser contados os remates que não vão na direcção da baliza, pela simples razão de que esses, mesmo que o guarda-redes esteja a olhar para a bancada ou a falar com o apanha-bolas, nunca entram. Vão fora.
E o espectáculo do futebol, foi, é e sempre será o golo.
Ou a possibilidade de o fazer, rematando à baliza.
A solução, claro, não parece, à primeira vista, simples.
A eventual alteração das leis do jogo, para serem aceites pela generalidade das organizações que superintendem no futebol, tanto a nível nacional como internacional, têm, suponho, de ganhar um enorme consenso para serem alteradas.
Basta atentar a morosidade de colocar em práctica tão pequenas e úteis alterações como a utilização de meios de comunicação mais modernos entre os diferentes árbitros para melhor e mais rápidamente ajuizar da verdade dos lances mais duvidosos.
Mas há uma solução que, de tão simples, talvez nunca tenha passado pela cabeça de ninguém
Altere-se a forma de pontuar os resultados.
Simplesmente. Eficazmente. A bem do espectáculo.
Pontuem-se as equipas com um ponto por cada golo marcado.
O resultado é de 0-0?
0 pontos para ambas as equipas.
Até terão dado espectáculo. Até terão jogado bom futebol. Mas o que conta são as vitórias. E as vitórias fazem-se com golos.
E porque razão há-de uma qualquer equipa tentar meter mais golos ao adversário, se o número de pontos obtido é igual para a diferença mínima ou para uma goleada?
Poupam esforços e pontuam da mesmíssima forma.
A bem deles próprios e dos clubes.
E se for alterado como sugiro?
Qualquer equipa, independentemente do seu estatuto, passa a ter um objectivo mais ambicioso, e que vem melhorar aquilo que nos leva a todos gostar de futebol: ver golos.
Um bom jogo não é aquele em que ambas as equipas se dispuseram tácticamente no terreno, e impediram os seus oponentes de violar as suas redes.
Um bom jogo não é aquele em que no fim, os comentadores e os protagonistas dizem ter sido um jogo cauteloso, porque não podiam subestimar a qualidade do adversário.
Um bom jogo é aquele em que ambas as equipas jogaram e meteram golos.
E venceram. Ou empataram. Ou mesmo perderam.
Mas em que se viram golos.
Quanto mais melhor.
E não me venham dizer que esta solução iria subverter a verdade do futebol, por se sobrepôrem os ataques às defesas.
Mas não é esse mesmo o objectivo último do futebol?
Conseguir que os ataques vençam as defesas?
A equipa A, actualmente a meio da tabela, vai jogar com um dos ditos "grandes".
A preocupação é frequentemente a de defender para não sofrer golos, reforçando as defesas.
Veja-se o que traria a alteração.
A mesma equipa A, ao ter necessidade de obter golos para assim obter pontos, colocará em campo os seus homens de forma a obtê-los, e, na mesma, tentando proteger as suas redes dos ataques alheios.
E consegue, mercê da sua necessidade de pontos para vencer o campeonato, ter acesso às competições europeias, fazer um campeonato tranquilo ou jogar o necessário para não "descer", fazer um golo. Ou dois. Ou três.
E ganha um ponto por cada golo.
Simples, não é?
Exequível? Francamente não sei.
Mas a simples perspectiva de melhorar a qualidade dos jodos e de voltar a ver os estádios cheios enche-me a alma de ânimo para as dificuldades de toda a espécie que uma solução como esta vai com certeza provocar.
Parafraseando uma rubrica de rádio, "Se calhar, valia a pena pensar nisto."
Se gostarem da ideia, divulguem-na.
Talvez todos os que gostam de futebol-espectáculo possam, juntos, fazer algo por ele.


Divulguem o blog. Mandem links aos jornais. Mandem emails aos vossos amigos e conhecidos. Falem da ideia no café, no restaurante, no estádio.
Vamos lutar por "Um golo um ponto"

Obrigado a todos, em nome do futebol.